Para alavancar os índices, Globo aposta em Ricardo Tozzi para ser vilão de “Geração Brasil”

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Após estrear com a promessa de resgatar o público da faixa das 19h depois do fracasso de “Além do Horizonte”, “Geração Brasil” ainda não mostrou a que veio.

 

A trama dos mesmos autores de “Cheias de Charme” (2012), último grande sucesso do horário, passa longe de atingir a repercussão da estreia de Filipe Miguez e Isabel de Oliveira como autores. A história do protagonista, Jonas Marra (Murilo Benício) não empolga, o casal principal, Davi (Humberto Carrão) e Manuela (Chandelly Braz), muito menos e a história anda em círculos. Para piorar, nos últimos dias o folhetim passou a ser quase que inteiramente dedicado à esquetes de humor de personagens que não fazem rir.

Antes da Copa do Mundo, a Globo já havia encomendado uma pesquisa de opinião para saber o que o público estava rejeitando em “Geração Brasil”. Para a surpresa de muitos, o excesso de tecnologia não foi citado como um problema. O público esperava apenas a história deslanchar, algo que havia sido prometido para depois do Mundial. No entanto, não foi o que aconteceu.

Com médias abaixo dos 20 pontos, a emissora agora descobriu que o problema de sua novela das sete é muito simples: não existe um vilão na história. Não há um personagem sequer que movimente os núcleos, crie conflitos entre os personagens, atrapalhe os casais apaixonados, promova reviravoltas na histórias. Para tentar resolver a questão, os autores irão transformar um dos personagens do folhetim em vilão. O papel caberá a Herval (Ricardo Tozzi), que nos últimos capítulos começou a formar um triângulo amoroso com Verônica (Taís Araújo) e Jonas.

Já no próximo mês, Herval deixará claro para o público que possui graves desvios de caráter. Ele irá impedir o relacionamento entre Verônica e Jonas, se mostrará obcecado em destruir tudo o que pertence ao magnata da tecnologia e ainda passará a tratar Davi como um traidor, por ter ido trabalhar na Marra. Resta saber se isso será necessário para aumentar a audiência da trama para algo perto dos 30 pontos de média, mesmo com horário eleitoral pela frente já no próximo dia 19, o que fará com que os capítulos entrem no ar mais cedo.

A falta de vilões não é um problema novo na Globo. “Em Família”, antecessora de “Império” na faixa das 21h que chegou ao fim no último dia 18, sofria do mesmo mal. Para tentar resolver o caso, o autor Manoel Carlos transformou o protagonista Laerte (Gabriel Braga Nunes) em um psicopata cafajeste. A audiência da trama pouco subiu e a história terminou como a pior audiência da história do horário.

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